quinta-feira, 23 de julho de 2009


provei a tua uva, pensando que alma era branca
e o verão fugiu-me pela tua ausência mal fechada

hei-de esconder o silêncio da tua ternura
no tétrico biombo de palavras molhadas

e se um dia me encontrar no teu véu cetim
desnudo-te até beber o teu sorriso

sexta-feira, 17 de julho de 2009


singrando no nada

o vulto trémulo da cidade

paíra sobre a baía ancorada,


espero palavras

mugindo a madrugada

pela neblina alongada

das ruas ausentes


só os barcos se fazem horizonte

nos pontos perdidos

de um olhar parado...

segunda-feira, 6 de julho de 2009


a neblina cinge as colinas

vestindo de aguarela o eco retorcido das badaladas.


as ruas escrevem linhas apertadas,

vestidas nos xailes urdidos de xisto e dor